quinta-feira, 13 de julho de 2017

CCJ rejeita parecer contra Temer e nomeia novo relator

Os deputados da CCJ rejeitaram o relatório de Zveiter, que dava parecer favorável à admissibilidade da denúncia; o presidente da Casa indicou Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), aliado de Temer
Abi-Ackel lê para o colegiado o voto alternativo ao de Zveiter, indicando que deve rejeitar a denúncia contra o presidente. 

- PLACAR: Segundo levantamento feito pelo Estado, após trocas de titulares na comissão, 21 deputados declararam votos a favor de denúncia e 23, contra.

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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Daniel Ferreira/Metrópoles

O juiz Sérgio Moro decretou 9 anos e meio de prisão ao ex-presidente, mas procuradores da Lava Jato querem punição maior

Sara Alves

SARA ALVES

 Ministério Público Federal (MPF) vai entrar com recurso para aumentar a condenação imposta pelo juiz federal Sérgio Moro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros condenados na ação. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (12/7).
Em nota, os procuradores da Lava Jato afirmaram que não concordam com alguns pontos da condenação, mas elogiaram a decisão de Moro. O juiz condenou Lula a uma pena de 9 anos e meio de prisão. A decisão é de primeira instância.
Na sentença, Moro não decretou a prisão de Lula. Segundo o juiz, “a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação”. Com a decisão, Luiz Inácio Lula da Silva se tornou o primeiro ex-presidente da República condenado por corrupção.
Essa é a primeira condenação de Lula na Lava Jato. O ex-presidente também responde como réu em outros dois processos. Um na Justiça Federal do DF e outro, aberto por Moro, em Curitiba. A condenação decorre de denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato no ano passado. Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas pagas pela OAS. A maior parcela, R$ 1,1 milhão, corresponde ao valor estimado do triplex, cujas obras foram concluídas pela empreiteira.
Confira a íntegra da nota:
“A força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) vem a público reconhecer que a sentença que condenou o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ostenta robusta fundamentação fática e jurídica, tendo analisado todo o enorme conjunto de provas apresentadas na denúncia e nas peças das defesas e produzidas na instrução da ação penal. O processo tramitou às claras, com transparência, e permitiu amplas possibilidades para a defesa produzir provas e apresentar argumentos, os quais foram analisados detalhadamente pela Justiça.
Com base nas provas, as quais incluem centenas de documentos, testemunhas, dados bancários, dados fiscais, fotos, mensagens de celular e e-mail, registros de ligações telefônicas e de reuniões, contratos apreendidos na residência de Lula e várias outras evidências, a Justiça entendeu que o ex-presidente Lula é culpado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro de que foi acusado pelo Ministério Público Federal.
A sentença não só reconheceu que o ex-presidente recebeu o valor correspondente ao tripex e as reformas feitas nele a título de pagamento de propinas pela OAS, que totalizaram mais de 2 milhões de reais, mas também que o ex-presidente Lula é responsável pelo esquema de corrupção na Petrobras. O caso focou especificamente nos crimes relacionados à empreiteira OAS.
As robustas provas levaram à condenação do ex-presidente a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão e a pagar, a título de indenização, 16 milhões de reais corrigidos desde dezembro de 2009. Também foram condenados os ex-executivos da OAS Agenor Franklin e Léo Pinheiro. Como efeito da condenação criminal, nos termos da lei, da mesma forma que em casos similares, a Justiça decretou sua interdição para exercer qualquer cargo ou função pública pelo dobro do tempo da condenação, isto é, por 19 anos.
Mais uma fez, fica manifesto que os constantes ataques da defesa do ex-presidente contra o julgador, os procuradores e os delegados, conforme constatou a respeitável decisão, são uma estratégia de diversionismo, isto é, uma tentativa de mudar o foco da discussão do mérito para um suposto antagonismo que é artificialmente criado unilateralmente pela defesa. Nenhuma das autoridades que atua no caso o faz com base em qualquer tipo de questão pessoal.
A atuação da instituição é apartidária, técnica e busca investigar e responsabilizar todas as pessoas envolvidas em atos de corrupção, além de devolver aos cofres públicos os valores desviados nesse gigantesco esquema criminoso. A ação penal contra o ex-presidente Lula é uma dentre várias que foram propostas na Lava Jato contra centenas de pessoas acusadas por corrupção. As investigações revelaram a prática de crimes por integrantes da cúpula do poder econômico e do poder político, envolvendo diversos partidos, sendo necessário que todos os responsáveis sejam chamados a responder perante a Justiça.
O Ministério Público Federal tem cumprido seu papel constitucional no combate à corrupção, ainda que envolva os mais importantes líderes políticos do país. É importante que outras instituições, como o Congresso Nacional, também exerçam seu papel contra a corrupção, para que a Justiça possa funcionar plenamente e em relação a todos aqueles contra quem pesam provas da prática de corrupção.
Tudo reforça o caráter apartidário, técnico e minucioso do trabalho desenvolvido pelo Ministério Público Federal. Como ressaltou o eminente Juiz Federal na sentença condenatória, “não há qualquer dúvida de que deve-se tirar a política das páginas policiais, mas isso se resolve tirando o crime da política e não a liberdade da imprensa” – e complementamos, isso se resolve sem retirar a independência do Ministério Público e a possibilidade de o Poder Judiciário examinar graves acusações independentemente de quem seja o investigado. Por fim, a força-tarefa informa que vai recorrer da sentença, manifestando a sua discordância em relação a alguns pontos da decisão, inclusive para aumentar as penas.”

Senado aprova texto-base da reforma trabalhista com 50 votos

Reprodução/Agência Senado

O governo federal prepara a edição de uma Medida Provisória para alterar a proposta. Presidente da Câmara diz que não votará a MP

Agência Brasil

AGÊNCIA BRASIL

Após mais de sete horas de suspensão, o plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (11/7) o texto-base da reforma trabalhista com 50 votos favoráveis e 26 contrários. A proposta altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo mudanças como a prevalência do acordado entre patrões e empregados sobre o legislado nas negociações trabalhistas.
Da mesma forma como veio da Câmara dos Deputados, a reforma segue agora para sanção do presidente Michel Temer (PMDB).


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (12) que Temer vai sancionar a reforma na quinta-feira (13). Ele acrescentou que o governo federal deve editar uma Medida Provisória com mudanças no texto.
Representantes do Ministério do Trabalho, da Casa Civil e de quatro centrais sindicais avaliam pontos que devem ser alterados pelo governo por meio de MP, que ainda não tem data para ser editada.
“Esse compromisso será cumprido, todos os compromissos que foram sinalizados pelo presidente e pela própria base do governo, através de um documento encaminhado pelos senadores, aqueles pontos estão sendo tratados uma a um, para serem, através de uma medida provisória, pacificados. E aprimorar a segurança para o trabalhador”, afirmou Nogueira, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Votação
A sessão chegou a ser iniciada às 11h, mas senadoras da oposição ocuparam a Mesa e impediram que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), conduzisse os trabalhos, que foram retomados apenas no início da noite.
Por mais de seis horas, as parlamentares permaneceram no Plenário, mesmo com as luzes apagadas. Com críticas ao mérito da reforma e ao modo como ela seria apreciada, as senadoras da oposição rejeitaram por diversas vezes sugestões de acordo para que a votação fosse retomada.
Após uma série de bate-bocas e tentativas de negociação, o presidente do Senado voltou ao Plenário no início da noite e, com um microfone sem fio, anunciou que retomaria o comando da sessão de qualquer jeito. Com duras críticas à posição das senadoras, Eunício Oliveira afirmou que sempre buscou cumprir os acordos, garantindo inclusive discussões da matéria para além das previsões regimentais. “Nem a ditadura militar ousou ocupar a Mesa do Congresso Nacional. Isso não existe no regime democrático”, reclamou.
DestaquesCom 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção, o texto-base do projeto de lei foi aprovado por volta das 19h50. No entanto, os senadores continuaram a discussão por mais duas horas e 30 minutos para analisar destaques que buscavam alterar pontos específicos do projeto.
As sugestões previam a exclusão de mudanças como a regulamentação do trabalho intermitente e a obrigação de que mulheres grávidas e lactantes apresentem atestado médico para que sejam afastadas de atividades insalubres.
Um dos destaques tentava derrubar a possibilidade do trabalho intermitente, que permite ao empregador contratar e remunerar os trabalhadores apenas durante o tempo da prestação de serviços, excluindo períodos de inatividade. Outra proposta de mudança visava manter a legislação trabalhista acima das convenções e acordos coletivos de trabalho. No entanto, todas essas propostas foram rejeitadas.

Vetos à vistaPara que a proposta não voltasse a ser analisada pela Câmara dos Deputados, os senadores governistas não aceitaram nenhuma mudança de mérito no texto e rejeitaram também as emendas apresentadas de modo individual. Mas como resposta aos pontos polêmicos, há um compromisso do presidente Michel Temer de vetar seis pontos da reforma. A ideia é aperfeiçoar esses itens para que eles sejam reapresentados via medida provisória ou projeto de lei.
Uma dessas questões é a que aborda o tratamento da gestante e da lactante em ambiente insalubre. O texto prevê que a trabalhadora grávida seja afastada automaticamente, durante toda a gestação, apenas das atividades consideradas insalubres em grau máximo. Para as de graus médio ou mínimo, ela só sairia a pedido médico.
Em relação ao trabalho intermitente, os relatores recomendaram veto aos dispositivos que regulamentam a prática. Nessa modalidade, são alternados períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador. Segundo parlamentares que relataram a matéria, o melhor seria regulamentar o tema por medida provisória, estabelecendo os setores em que esse tipo de trabalho pode ocorrer.
 

terça-feira, 11 de julho de 2017

Lideranças do Entorno manifestam apoio ao senador Ronaldo Caiado

01294c42-366c-41cc-ad4c-a734520e3033Lideranças de Valparaíso, Novo Gama, Cidade Ocidental, Luziânia e Cristalina estiveram nesta terça-feira (11/7) em Brasília onde manifestaram apoio político ao líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO). Ex-prefeitos, vereadores, presidentes do Democratas local e outras lideranças se reuniram com o parlamentar em seu gabinete quando relataram os problemas graves do Entorno e sua confiança no nome de Caiado para promover as mudanças que a região e o estado precisam. Estiveram no Senado o ex-prefeito, José Valdécio, o ex-vice-prefeito, Ronaldo Xavier, o presidente local do Democratas, Cassiano Franco, o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Afrânio Pimentel (PR), todos de Valparaíso; o ex-prefeito, Doca, o vereador e presidente do Democratas, Medeiros, do Nova Gama; o ex-prefeito Antônio Lima, da cidade Ocidental; o ex-prefeito Fernando Pádua de Luziânia, entre outras lideranças.
“Quero dizer da minha alegria na manhã de hoje de poder receber lideranças representativas, lideranças fortes, lideranças que falam em nome do Entorno Sul e saberão definir o processo eleitoral em 2018. Meu muito obrigado as lideranças de Valparaíso, Cidade Ocidental, de Luziânia, de Novo Gama e aqui também estiveram representando a cidade de Cristalina. É um momento importante para mostrar que as lideranças estão pensando no processo de 2018 e que não aguentam mais tantas mentiras e tantas promessas que não acontecem. Quero deixar claro que meu gabinete está à disposição de todas essas lideranças e com compromisso maior, que se Deus quiser, for a vontade do povo goiano, vamos poder demostrar que se pode governar com dignidade, altivez e competência sem perseguir, sem tentar intimidar e fazendo um governo aberto cada vez mais voltado para o interesse da sociedade goiana. É isso que se espera nesse momento da política nacional”, disse Caiado após a reunião.
O senador ainda destacou que o povo cobrará candidatos que saibam governar com compromisso e ética. “Aqueles que acham que vão ganhar eleições como ganharam de vezes anteriores com a mala preta, estão enganados. A política nacional mudou. Agora é o espaço da ética, e da dignidade e as pessoas conhecem e sabem que eu tenho independência intelectual e moral para podermos enfrentar o bom debate e darmos a Goiás o espaço que precisa no cenário nacional. Com essas lideranças, vamos poder mostrar que não o povo não vive de promessas, mas de realizações e compromissos sérios e não de populismo e tanta corrupção como aconteceu nesses últimos anos no estado de Goiás”, acrescentou.
“Estamos fazendo um projeto de união dos partidos com pessoas sérias, com pessoas que estão preocupadas com nosso Entorno que falta tudo, falta segurança, falta transporte, não temos praticamente nada a não ser mentiras e mais mentiras, promessa e mais promessas que nunca acontecem. É uma oportunidade de mudança com o senador Ronaldo Caiado que é um homem de conduta altamente ilibada, não envolvido e nenhuma falcatrua como está existindo hoje em Goiás. Acredito que com Ronaldo Caiado vamos ter condição de nosso povo ter muito do que estamos tendo hoje”, declarou Cassiano Franco presidente do Democratas de Valparaíso.
“Fiquei muito satisfeito com a recepção do senador Ronaldo Caiado que falou dos seus projetos para o Entorno sul e, principalmente, para Valparaíso de Goiás. Um pré-candidato preparado, à altura do cargo, é um pré-candidato que acima de tudo nessa política que estamos vivenciando hoje, é ficha limpa, é respeitado pelos goianos. Não tenho dúvida que será o próximo governador porque tem demostrado à frente do Senado e está com as mãos limpas, pronto para administrar o estado de goiás. Vamos juntos!”, afirmou o ex-presidente da Câmara de vereadores de Valparaíso,  Afrânio Pimentel (PR).
Conectado ao PoderMatéria: Assessoria Liderança Democratas Senado